quinta-feira, 21 de maio de 2009

Breda Serviços






História da Breda Serviços

A história da Breda Serviços começa em 1938, quando Ítalo Breda tinha 14 anos e foi ser almoxarife das Empresas Reunidas São Paulo-Paraná, levado pelo pai Luiz Breda, vendedor de ônibus importado Volvo.Um ano depois, sua responsabilidade aumentou: os sócios da Reunidas admitiram seu pai como acionista e compraram a Auto Viação São Paulo-Santos.Mais tarde, em 1946, terminada a II Guerra, Ítalo já estava formado em Economia pelo Colégio Dante Alighieri e seu pai, Luiz, era um próspero vendedor de pneus da marca Pirelli.O conhecimento da língua inglesa foi importante para Ítalo, que já se correspondia com a Bus Transportation, publicação americana do setor de ônibus. Havia necessidade de importar ônibus para suprir a frota. Ítalo descobriu a oportunidade: passou a se corresponder com a Twin Coach, fabricante de ônibus sediado em Kent, no estado de Ohio.Faltava, porém, um investidor para bancar a compra. Foi nessa época que seu pai apresentou-o aos empresários Tito Mascioli e Arthur Brandi, donos da Viação Jabaquara, de São Paulo.O dossiê técnico para importar Twin Coach foi entregue aos empresários, que algum tempo depois compraram a Auto Viação São Paulo-Santos e o passe de Ítalo. Deram 5% de participação à Ítalo, na época com 22 anos, e mudaram o nome da empresa para Viação Cometa, inspirados num cometa, símbolo da Empresas Reunidas São Paulo-Curitiba.Para desenvolver a importação dos Twin Coach, ele viajou para a fábrica em kent. Depois, no Brasil, fez testes com a primeira unidade, desembarcada no porto de Santos. Nessa época foi acertado com o técnico americano a troca das engrenagens do câmbio para adaptar a relação de marchas à operação em serra.Em 1948, finalmente, vieram os 30 ônibus Twin Coach para a Viação Cometa. Eram equipados com motor Fageol de 6 cilindros e 180 hp de potência. Os técnicos da empresa queriam que fosse utilizado a versão equipada com dois motores, um para o plano, outro para ser acionado no trecho da serra, mas a sugestão não foi acatada. Os ônibus empregavam suspensão com barra de torsão - um tubo de aço revestido interna e externamente com borracha - que dispensavam mola com perfil semi-elíptico ou espiral.Ítalo era chefe de tráfego na Viação Cometa e desenvolvia um negócio paralelo: o transporte de alunos do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, onde havia estudado. Era fim de 1949, início de 1950.O sr. Tito Mascioli vendo que o negócio de Ítalo estava crescendo, sugeriu o nome de um sócio. O mesmo não aceitou com um argumento: como o pretendente não mexia com o ramo de transporte, ele teria de trabalhar dobrado, recorda Ítalo, que contrapôs: "Aceito o senhor como meu sócio". Tito Mascioli não quis.Foi aí que Ítalo decidiu deixar a Cometa e abriu a Breda. Deixou o emprego na Cometa mas não a participação acionária. Perdeu o Colégio Dante Alighieri, que comprou frota própria, mas ganhou outros clientes, entre eles Sion, Santa Maria e Madre Alix.Por volta de 1955 a Breda já operava cerca de 30 ônibus quando novamente "seo Tito", da Viação Cometa, surgiu para alentar a carreira empresarial de Ítalo. Ele vendeu 82 ônibus- incluindo os 30 Twin Coach - pedindo apenas a assinatura de Ítalo numas promissórias e nada mais. A frota da Breda passou dos 100 carros e assumiu o transporte de funcionários de uma empresa que estava começando no Brasil, a Volkswagen.Seguiram-se outros fretamentos para indústrias: Petrobrás, para transportar os petroleiros da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, SP, General Motors e Mercedes-Benz.A operação GM começou em São José dos Campos, em 1957. Foram transferidos de São Paulo 20 ônibus e montou-se uma garagem local. Mais tarde, a fábrica de São Caetano do Sul fez o mesmo: confiou à Breda a movimentação de todos os seus funcionários.De 30 ônibus em 1953, a Breda, dez anos mais tarde, contabilizava 300 veículos, 250 deles transportando diariamente 25 mil passageiros de indústrias, refinarias, colégios e escritórios.As linhas cobriam São Paulo-Itanhaém-Peruíbe e São Paulo-Viracopos, a primeira aproveitando principalmente o grande fluxo de turistas em busca das praias nos finais de semana. A outra, destinada a passageiros de linhas áreas internacionais.O turismo complementava o ganho de escala. A Moore-McCormack trazia os viajantes até o cais do porto de Santos, de onde partiam os ônibus especiais da Breda para os chamados sightseeing - visita aos pontos turísticos de São Paulo.Na época a empresa trabalhava com auto-moças, bonitas funcionárias, poliglotas, muitas delas de famílias abastadas que desciam de automóveis último tipo e subiam nos ônibus para orientar os turistas em viagem ao Brasil.Na consolidação de objetivos, foi uma empresa ousada e bateu asas. Criou um braço no Rio e se estabeleceu em Salvador, para atender funcionários do pólo petroquímico de Camaçari.
"Texto extraído do site da empresa"

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